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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Meu cachorro Billy e os seres humanos sem raça

Vocês devem se lembrar que no fim do ano passado eu encontrei um cachorro machucado na rua, quase desmaiei, liguei, socorri, peguei pra cuidar e mais tarde a veterinária me disse que era um filhote de poodle.

Enfim, quando ele estava sarando, já havia tirado a bicheira, tomado vários remédios e o machucado do olho estava quase fechado, o organismo dele rejeitou algum tecido que tinha ficado lá dentro, que estava "danificado" (como podem notar não sei de termos técnicos e entendo muito pouco de biologia, rs), e começou a dar uma bola de pus que foi crescendo muito até começar a vazar um pouco.

De início achamos que era um galo, porque ele ainda é muito estabanado e toda hora bate a cabeça, pula e cai, escorrega (risos), nesta semana eu estava trabalhando num evento e ficava até 13 horas fora de casa, no dia que acabei o trabalho peguei o Billy queimando de febre, achei que ele nem fosse aguentar ir andando ao veterinário. Mas ele é tão forte (deve ser pq teve que sobreviver a muita coisa na rua) que na hora que viu a coleira deu um pulo e seguiu comigo, ele hoje está bem fortinho, pesa quase 8 quilos, assim não consigo carregá-lo por muito tempo.

Quando chegamos lá, ele teve que fazer outra cirurgia, dessa vez saiu cheio de pontos em um rasgo que atravessava a cabeça e mais um corte perto do olho e de novo tivemos que colocar o cone da vergonha (que toda hora ele vem me seguindo e batendo na minha canela), dar mais remédio e levá-lo todo dia para limpar e passar rifosina. Nessa nossa Via Sacra as pessoas que gostam de cachorro se sensibilizam, perguntam o que aconteceu, alguns já até perguntam "machucou de novo?" e lá vai eu contar toda a história...

Terça-feira ele tira os pontos, está se recuperando bem rápido e desta vez parece que vai ficar bem de vez. Conto isso tudo mais para dizer o que me impressionou no dia de hoje. Ao chegar na clínica uma mulher estava com um casal de cachorros e parecia já conhecer a história de Billy Boy, mas eu não me lembrava dela, enquanto o menino entrou para fazer a limpeza ela me contou que havia comprado um terceiro cachorro, mas que a enganaram, pq ele não era puro e que devido a isso, ela ia doá-lo e perguntou se eu não queria adotar... EU PRECISO DIZER O QUE ME PASSOU PELA CABEÇA?

Me deu vontade de falar, de chamá-la de racista, sei lá, de fazer baixaria, quando ela saiu eu tive pena, um pouco dela, mas muito mais de quem convive com ela, e isso inclui os cachorros, ela saiu com os dois de raça e deixou o outro em casa, este sem nem pensar em ter direito de ter o que os outros têm, muito triste minha senhora!!! Lhe desejo aprendizado nesta vida!

Ah, olha o Billy aí, se recuperando, brincando com sua bolinha e cheio de rifosina da cabeça:


e aqui ele alguns dias depois de ter chegado na minha vida, já tinha até ganhado uns quilinhos...

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