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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu desejo, eu desejo

"Desejo sim que você tome uma baita chuva um dia desses. Daquelas tipo catarata, que molha até o espírito. Que encharque os sapatos e escorra pela testa. Assim quem sabe o compromisso chato que estava agendado possa ser cancelado. E você tenha uma grande desculpa para passar o restante da tarde debaixo do edredom, simulando uma constipação e assistindo “Top Secret”.

Desejo que seu carro passe um dia na garagem. Nada grave, que custe fortuna para arrumar. Um pneu furado, talvez. E então você vai apanhar um ônibus, ter tempo para pensar na vida ou escutar as conversas mais engraçadas entre adolescentes. Quiçá encontrar um amigo de longa data que faz o mesmo trajeto. Quiçá conhecer o amor de toda a sua vida.

Desejo que seu chefe te dê uma bela comida de rabo. Daquelas que ecoam pelo andar todo, fazendo a secretária verter uma lágrima de pena. E que você saia da sala com tamanho ódio do sujeito que finalmente passe a mão no telefone, faça o contato, marque a entrevista, consiga a vaga. E mande o abusivo filho da mãe pastar – também ecoando por todo o andar.

Desejo que acabe o leite bem na hora do seu desjejum. E que, na pressa, você seja obrigado a beber o café puro, sem açúcar. Para daí então lembrar da sua avó, que só bebia a pretinho assim, enquanto te ensinava a fazer bolinho de chuva, e depois batia corda na calçada, e depois defendia seu lado junto à mamãe. Que a lembrança daquela doce mulher faça o seu dia especial.

Desejo que o computador pife bem na metade do e-mail gigantesco e complexo que você estava escrevendo. E que, depois de ficar bem puto com o apagão, você tenha chance de refletir melhor sobre o que digitava. Pondere, reveja, pense com mais tempo. Às vezes é bom começar de novo sem a febre do momento, de modo que a gente não diga o que não queria dizer de verdade. E que ia causar muito arrependimento mais tarde.

Desejo que uma criança de rua se aproxime da sua janela automotiva com o semblante de quem não tem nada a perder. E desejo com muita força que, após seu susto, ela pergunte se você quer comprar bala de uva. Assim, com um sorrisão lindo, mostrando que não é preciso subir o vidro na cara alheia – e que a situação pode estar ruim por aí, mas a confiança no próximo não precisa morrer.

Desejo que sua sogra telefone às 8h15 do domingo, diga qualquer tolice, mande um beijinho pro filhinho bonitinho dela (que nem está no país) e desligue o aparelho. E que assim você possa levantar mais cedo, vestir um traje folgado e cair no mundo, aproveitando o pão fresco da padaria, o início da feirinha de artes, o sol gostoso da manhã.

Desejo que apareça uma goteira no teto da cozinha, um rato na lavanderia, uma marca de pé na parede da sala, um furo na sua meia. E que ao subir no telhado para ajeitar as telhas, ao perseguir o Mickey, ao mudar a cor do recinto e cerzir o buraco, você sinta paixão por si mesmo, pelas coisas que conquistou, pela independência de ser Rei de Sua Residência. Uma residência quase caindo aos pedaços, mas toda sua.

Desejo uma grande desilusão amorosa, apesar disso não ser nada desejável. Mas se dessa forma uma lição for aprendida, que seja. Que destroce o coração de uma vez – e depois venha um convite do tipo “eu soube que sua namorada... bom, acontece, né?... quer sair comigo e minhas amigas hoje de noite?”. Se nada é ruim como a perda de um amor, nada também é melhor do que encontrar outro.

Desejo que seu time perca de 8 a 0 para o maior rival. E que após ouvir 79 piadas grosseiras e infames, você sinta seu grande amigo bater no ombro, dar uma risadinha e dizer: “timinho de merda o nosso, hein?”. Para, logo depois, combinar uma rodada de cerveja, onde vocês podem desferir ofensas aos jogadores, comissão técnica, juízes e adversários. Desobstrui o fígado que é uma beleza.

Desejo tudo de ruim e tudo de bom, porque quase tudo traz uma maneira de evoluir. Ah, e desejo que tudo o que você deseja aconteça em dobro. Mas que demore um pouquinho, para dar o gosto de uma verdadeira alegria."

Fla Wonka - Site: www.garotasquedizemni.com.br

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ADOÇÃO DE CÃES E GATOS

Há pouco estava andando na rua e vi um cachorro (parece que é um poodle) mexendo num canteiro, tinha um cheiro forte de bicho morto e não tinha ninguém perto dele... aí chamei ele e ele tava com metade da cara toda machucado, parecia que tinha perdido um olho... nossa, fiquei em estado de choque sem saber oq fazer, tentei ligar pra prefeitura e não consegui, passou uma mulher de coração bom que foi brincar com o ele (achando que era meu) e eu expliquei pra ela o que estava acontecendo, e enquanto eu fiquei com o cãozinho ela foi buscar um veterinário, ela vai pagar todo o tratamento dele e se tudo der certo vai me ligar preu ficar com ele. Com essa história, descobri que existe uma ONG chamada Cão Viver que recolhe animais na rua e depois coloca pra adoção. Quem se interessar é só clicar aí no link, e já e bom saber também caso encontrem algum bichinho nessa situação que encontrei, já têm pra onde ligar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Belo Monte?

Link com matéria sobre a construção da Usina Belo Monte e interesses políticos e econômicos por trás de tudo

a matéria é um pouco grande, vale ler só um pedaço ou melhor ainda, reservar um tempinho para ler tudo.

Separei um trecho legal: "Bermann – Não é verdade que nós estamos à beira de um colapso energético. Não é verdade que nós estamos na iminência de um “apagão”. Nós temos energia suficiente. O que precisamos é priorizar a melhoria da qualidade de vida da população aumentando a disponibilidade de energia para a população. E isso se pode fazer com alternativas locais, mais próximas, não centralizadas, com a alteração dos hábitos de consumo. É importante perder essa referência que hoje nos marca de que esse tipo de obra é extremamente necessário porque vai trazer o progresso e o desenvolvimento do país. Isso é uma falácia. É claro que, se continuar desse jeito, se a previsão de aumento da produção das eletrointensivas se concretizar, vai faltar energia elétrica. Mas, cidadãos, se informem, procurem pressionar para que se abram canais de participação e de processo decisório para definir que país nós queremos. E há os que dizem: “Ah, mas ele está querendo viver à luz de velas...”. Não, eu estou dizendo que a gente pode reduzir o nosso consumo racionalizando a energia que a gente consome; a gente pode reduzir os hábitos de consumo de energia elétrica, proporcionando que mais gente seja atendida, sem construir uma grande, uma enorme usina que vai trazer enormes problemas sociais, econômicos e ambientais. É importante a percepção de que, cada vez que você liga um aparelho elétrico, a televisão, o computador, ou a luz da sua casa, você tenha como referência o fato de que a luz que está chegando ali é resultado de um processo penoso de expulsão de pessoas, do afastamento de uma população da sua base material de vida. E isso é absolutamente condenável, principalmente se forem indígenas e populações tradicionais. Mas também diz respeito à nossa própria vida. É necessário ter uma percepção crítica do nosso modo de vida, que não vai se modificar amanhã, mas ela precisa já estar na cabeça das pessoas, porque não é só energia, é uma série de recursos naturais que a gente simplesmente não considera que estão sendo exauridos e comprometidos. É necessário que desde a escola as crianças tenham essa discussão, incorporem essa discussão ao seu cotidiano. Eu também tenho uma dificuldade muito grande de chegar aqui na minha sala e não ligar logo o computador para ver emails, essas coisas. Confesso que tenho. Mas eu também percebo uma grande satisfação quando eu consigo não fazer isso. E essa percepção da satisfação é uma coisa cultural, pessoal, subjetiva. Mas ela precisa ser percebida pelas pessoas. De que o nosso mundo não existe apenas para nos beneficiarmos com essas "comodidades" que a energia elétrica em particular nos fornece. Agora isso exige um esforço, e a gente vive num mundo em que esse esforço de perceber a vida de outra forma não é incentivado. Por isso é difícil. E por isso, para quem quer construir uma usina, quer se dar bem, quer ganhar voto, quer manter a situação de privilégio, seja local ou nacional, para essas pessoas é muito fácil o convencimento que é praticado com relação a essas obras. Por mais que eu tenha sempre chamado a atenção para o caráter absolutamente ilógico da usina, das questões que envolvem a lógica econômico e financeira dessa hidrelétrica, para o absurdo que é a utilização do dinheiro público para isso, para a referência à necessidade de se precisar, num futuro próximo, enfrentar um ritmo violento de custo de vida, emitindo moeda para sustentar empreendimentos como esse, é muito difícil fazer com que as pessoas compreendam a relação dessa situação com as grandes obras. E Belo Monte é mais um instrumento disso. Eu não sou catastrofista, não tenho a percepção maléfica da hidroeletricidade. Não demonizo a hidroeletricidade. Eu apenas constato que, da forma como ela é concebida, particularmente no nosso país nos últimos anos, é uma das bases da injustiça social e da degradação ambiental. Se não é pensando em você, você necessariamente vai precisar pensar nas gerações futuras. Este é o recado para o leitor: é preciso repensar a relação com a energia e o modelo de desenvolvimento, é preciso mudar o nosso perfil industrial e também é preciso mudar a cultura das pessoas com relação aos hábitos de consumo. Nós precisamos mudar a relação que nos leva a uma cega exaustão de recursos. "

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Outro Lado em cartaz


e o Quatroloscinco estreou sua peça nova, que já saiu até na revista Bravo! na seleção dos melhores espetáculos, já estamos na segunda temporada e ficaremos em cartaz mais duas semanas na sede do grupo Espanca! aqui em BH, os ingressos são vendidos sempre uma hora antes da função, cheguem cedo porque está lotando. Abaixo flyer com serviço, apareçam!

teaser da peça

Desabafo

"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?"

Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford

Você tem que encontrar o que você ama

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.

Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."

Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.

Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.

Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.

Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.

Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.

De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.

Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.

Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.

A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.

E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.

Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.

Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.

Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.

Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.

Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.

Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.

Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.

Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.

E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.

Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.

Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."

Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

O que podemos fazer para tornar tudo mais agradável, funcional ou sustentável?

Aí está uma pergunta que me faço constantemente, cada dia da minha vida penso mais nisso, claro que não foi sempre assim, mas com meus 29 anos de idade sei que posso sim fazer uma grande diferença, e gostaria de compartilhar algumas descobertas...

Uma grande delas vcs já conhecem de posts passados, separo todo o lixo da minha casa e o que consumo na rua, papeis, plásticos, alumínio e outros vão para a reciclagem na quarta de manhã, como a faxineira do prédio não está aqui neste horário, faço questão de descer com minhas sacolas, que acabam sendo o maior volume gerado em minha casa, organizo tudo para ficar menos volume. O lixo orgânico, cascas de frutas, verduras, ovos, folhas e outros vão direto para a minha composteira caseira, que em breve estará produzindo adubo pro meu jardim, onde já tenho plantado salsinha, pitanga e acerola, numa busca de cada vez mais poder consumir coisas sem agrotóxicos e conservantes.

Outro dia, separando os recipientes de papelão onde vem os ovos que compro no sacolão, pensei que isso poderia ser reutilizado pelo próprio sacolão, ao invés de reciclado e não é que o garoto que corta os pentes ficou super feliz com a devolução?
Já aquelas que têm logomarca, separo para a tia de meu marido, que vende ovo caipira no interior...

Também me tornei síndica e percebi o quanto era grande o volume de correspondências erradas que ainda chegavam no prédio, e nunca ninguém se dava o trabalho de devolver pro correio, eu achei que isso podia sim fazer a diferença em alguns sentidos, hoje recolho todas e entrego na agência mais próxima. Cada dia chega menos... O próximo passo do meu mandato é descobrir por que a conta de água do prédio é tão cara...

Coloquei todas as minhas contas e as do prédio em débito automático e inibi a fatura impressa das minhas, hoje recebo tudo por email. Ah, por falar em email, deletei meus emails que não utilizava mais, agora só tenho um email pessoal para http://www.blogger.com/img/blank.gifotimizar as coisas.

Não utilizo mais absorventes e sim coletor menstrual, que são feitos de silicone e laváveis, mais confortáveis e higiênicos, da mesma forma pretendo utilizar fraldas de pano em meus filhos, o máximo que conseguir claro! Já existe uma que tem a parte de fora de plástico e por dentro um refil de pano, assim fica menos coisa pra lavar...

fraldas ecológicas em BH
coletor menstrual

Ah, tb sou daquelas que fecha a torneira enquanto escovo os dentes e sempre abro pouco a água para qualquer coisa, não pouquinho, mas o tanto suficiente para lavar as mãos ou as louças. E encho o saco do meu marido prele fazer o mesmo, rs.

E para completar descobri um site que chama trocafigurinhas e completei o álbum da minha sobrinha através dele, sem ter que comprar milhões de pacotes de figurinhas e ficar com aquilo sobrando em casa, afinal, sou do tempo em que se trocava papeis de carta...

site de troca de figurinhas

Alguém quer contribuir para alguma mudança? Alguma sugestão boa? ham? Manda aí...

p.s. odeio a padaria que embrulha tudo, tudo, tudo em isopor e plástico film

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